Os interesseiros mentem e criam intrigas para convencer os outros a fazerem o que desejam. As motivações são as mais variadas possíveis: puxar o tapete do colega no trabalho, obter um cargo de chefia, seduzir alguém, desfrutar de bens materiais ou do status do outro. Nem sempre é fácil identificar alguém interesseiro, mas, prestando atenção a alguns comportamentos, dá para ficar com as antenas mais ligadas e se proteger. Veja dez atitudes comuns:
1. Forçar a aproximação: os interesseiros costumam fazer amizade com suas vítimas praticamente "na marra". Para isso, alegam ter interesses parecidos com os da pessoa, dizem gostar das mesmas coisas e até mentem sobre determinados fatos para fingir que têm algo em comum. Exemplo: "Jura que você foi nesse show? Eu também estava lá!". Segundo a psicóloga Maria Teresa Messeder Andion, especialista em neuropsicologia, o objetivo é forjar uma empatia imediata. "O interesseiro demonstra ser um amigo que estará presente em todos os momentos", diz.
2. Identificar os pontos fortes e fracos: além de coletarem informações sobre tudo aquilo que faz parte da vida de seu alvo, como gostos pessoais, hobbies e horários, os interesseiros têm faro apurado para descobrir o que atrai e repele seus "amigos". Esses dados são armazenados e usados nos momentos oportunos.
4. Falar pouco de si: a primeira razão para agir assim é simular que não se sentem importantes nem têm nada interessante a dizer e, assim, concentrar energias no alvo. A segunda é evitar cair em contradição e revelar sem querer suas reais intenções.
5. Fazer muitos elogios: para cativar o amigo por quem nutre inveja ou quer extrair algo, os interesseiros não se acanham ao fazer elogios rasgados –nesse momento, conhecer os pontos altos e baixos é bastante útil. As conversas são sempre baseadas em bajulações. Essa é uma forma de se aproximar e de enredar o outro.
6. Ser solitário: ser interesseiro independe de idade, sexo ou classe social, mas é um desvio de caráter. Não é um quadro de comportamento passageiro. "E, à medida que o tempo passa, o sujeito se isola mais, pois as pessoas começam a perceber sua falsidade e se afastam", diz a psicóloga Maria Teresa. O interesseiro tem um círculo social limitado, que se modifica conforme seus objetivos.
7. Agir com artificialidade: na opinião de Margareth, os interesseiros costumam ter alguns tipos de comportamento de intensidade desproporcional para determinados momentos. "São extremamente gentis ou solícitos em situações banais. As ações parecem programadas", diz. Também em certas circunstâncias agem de maneira muito efusiva, sem necessidade –ao cumprimentarem ou comemorarem algum feito da vítima, por exemplo.
8. Isolar o alvo:Isolar as vítimas dos colegas e da família é uma tática comum dos interesseiros, de acordo com a psicóloga cognitiva Rejane Sbrissa. "Os amigos verdadeiros nutrem um afeto real, sem esperar algo em troca, e, por isso, sempre vão desconfiar das atitudes exageradas e discutíveis dos falsos", conta.
9. Tentar parecer perfeito: os interesseiros fingem ser os amigos ideais, aqueles que estão sempre disponíveis para qualquer problema ou eventualidade. "Eles parecem não ter defeitos e demonstram sentir o maior prazer em ajudar em tudo. Na verdade, querem transformar você em refém dessa solicitude, para que acabe precisando sempre de seu cuidado e auxílio", fala Rejane Sbrissa.
10. Mudar de opinião conforme a necessidade: os interesseiros evitam ao máximo discordar dos outros, pois não querem gerar polêmica nem animosidade. Quanto mais se assemelharem à uma espécie de "alma gêmea", melhor.
Fonte:Uol
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