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quarta-feira, 30 de março de 2016

PMDB rompe; Planalto busca votos de legendas menores contra impeachment.

Diante do desembarque oficial do PMDB do governo Dilma Rousseff (PT), os interlocutores da presidente buscam, agora, uma negociação no varejo com deputados da base aliada e indecisos para garantir uma margem necessária e impedir o impeachment da petista.
O PMDB do vice-presidente Michel Temer oficializou ontem saída do Governo
Dilma Rousseff. Assim, impeachment ganha força. Foto: 
IGOR ESTRELA/PMDB 
A saída por aclamação, ou seja, sem contagem de votos dos delegados do partido, não expõe as reais e diversas posições que a legenda tem em relação ao governo.
É nessa circunstância que o líder do governo, deputado José Guimarães (PT), deposita as chances do PT nesse rompimento. “Combater o impeachment não depende do PMDB, depende do conjunto dos deputados que estão contra os golpistas. O País sabe que o (Michel) Temer é o comandante-mor do golpe”, disse.
Ainda de acordo com o líder, o desembarque do PMDB – aliado do PT desde o início do 1º governo Lula -, não vai alterar na prática a relação do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional. “Os que saíram nunca entraram no governo. Essa decisão do PMDB não muda em nada, nós temos diálogo com vários setores do PMDB e vai ter sempre uma parte que apoia o governo”, finalizou.
Negociação
O Planalto acredita que nem todos os peemedebistas deverão devolver os cargos. Os postos entregues, no entanto, deverão ser negociados com partidos de menor expressão na Câmara, mas que garantam votos suficientes para impedir a deposição da presidente.
Nos próximos dias, partidos como PP, PR, PSD e PEN deverão ganhar mais espaço na gestão, o que poderia garantir boa parte dos votos do PMDB que deixaram de apoiar a administração federal.
Vice-líder do governo, o deputado Silvio Costa (PT do B), avaliou que a estratégia agora é a redistribuição dos cargos para manter o quórum contra o impeachment. “Nós vamos para o ataque: o governo tem sete ministérios para repactuar e 600 cargos para oferecer”, disse.
Dos sete ministros do PMDB, apenas Henrique Alves deixou oficialmente a pasta. “O PMDB tem 69 deputados e nunca deu mais do que 30 votos para o governo. Sempre vendeu o que não tem. E o que vale para a governabilidade é o painel de votações”. (com agências).
  O Povo Online.

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